segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Vida Que Segue (ou Ob-la-di Ob-la-da)

Ontem (domingo), estava eu sentado em meu sofá, com a atenção paradoxalmente dividida entre os estudos, o computador e a TV, quando de repente, olho ao meu redor e algo me incomoda. Percebo que é a disposição dos móveis na sala. Mexe pra cá, mexe pra lá, tira daqui, põe acolá. Tive até de recorrer aos meus já desgastados conhecimentos de Análise Combinatória da época de colégio para chegar ao resultado mais satisfatório.

Depois da trabalheira, me dei conta de que não eram os móveis o problema. Eu é que não estava onde queria. Dizem que lar é onde está seu coração. Problema resolvido, nenhuma solução, entretanto. E, mais uma vez, sou tomado pelo binômio saudade-solidão. E a já conhecida tristeza (que vem mais forte aos domingos) também se fez presente.

Mas eis que o dia ainda tinha me resguardado algo para pensar a respeito. E isto aconteceu quando eu assistia a reprise do Fantástico e me comovi com a história da menina americana de 10 anos que havia recebido seis órgãos em um transplante. E foi quando eu pensei: "Isso sim é um problemão." E elá estava ela, brincando. Com uma vida inteira pela frente, espero.

Hoje, enquanto cozinhava e amadurecia uma ideia de post para o blog, lembrei de outras situações no mínimo complicadas: pessoas que não têm casa; pessoas que passam fome; pessoas que sofrem de doenças incuráveis; pais que enterram seus filhos; pessoas que não tem paz... Não é que a vida fique melhor. Mas com certeza dá mais vergonha em reclamar.

3 comentários:

  1. Hoje tive meu problema mais "grave" desde que decidi morar sozinho: uma laringite daquelas.
    Dores, calafrios... e não vai dirigindo até o hospital não, bichão, pra ver se alguém te leva.
    Depois de medicado só pensava "vou ter um choque anafilático do caralho no meio da rua, vou bater o carro e morrer". Mas to aqui. Vivim.

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  2. é... as coisas sempre poderiam ser piores, eis o consolo!

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