quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Quando Não Estou Só (ou Alegorias e Adereços)

O Luiz dedica sua melodia à chegada do Carnaval, que lhe remete à perda de sua Maria, sua alegria. Compartilho o sentimento do cantor/poeta no tocante ao fim/considerável redução da felicidade, mas isso ocorre quando ACABA o Carnaval e junto com ele, a magia dos reencontros, o regozijo das amizades e a satisfação da companhia.

Nunca fui fã do Carnaval enquanto festa. Não obstante, botaram o bloco na rua e eu ginguei pra dar e vender. O samba popular passou na avenida e eu fui junto. O trio elétrico chamou e eu, vivo que estou, fui atrás. Mas isso tudo é só complemento, é ultra petita. É acessório apenas, se ainda não me fiz entender.

Os 05 dias junto de parentes e amigos... Ah, isso sim é ESSENCIAL, é prima ratio
...MAS LOGO ACABA...

E vem a quarta-feira de cinzas para reduzir a pó tudo o que passou. 
E guardo minhas fantasias dentro de um baú, com o resto que sobrou.
 E se serve de alento, 
saibam que estou atento
 a outros dias que virão. 
Outros Carnavais, 
esteja eu de passagem ou não.

Enquanto isso, volto para a terra da ampulheta horizontal
vestindo minha máscara habitual
tentando a todo custo ficar são. 
Afinal, é tudo passageiro; é só situação.
 Agarro minha mala e sigo a estrada 
das tampinhas amassadas, 
da serpentina já rasgada
 e dos confetes pelo chão.





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