terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A Nova Guerra Fria? (ou O Ringtone do iPhone Vermelho)

Não, este post não é sobre o rigoroso inverno europeu. E também não é sobre tecnologia. De forma bastante pretensiosa tento apenas emitir minha opinião sobre fato recente envolvendo a nova/velha força motriz da Ordem Geopolítica Mundial: INTERESSES OBSCUROS.


No sábado último (04/02), Rússia e China vetaram no Conselho de Segurança da ONU projeto tendente a “resolver” (aspas usadas aqui de forma fundamental) a CRISE na Síria, cujo Presidente, Bashar al-Assad, é acusado de repressão aos seus opositores e de sistemáticas violações a direitos humanos. EUA e União Européia condenaram o veto. Percebam adiante a reutilização de velhos e conhecidos termos.

EUA e União Européia representam o bloco OCIDENTAL-CAPITALISTA. Para os americanos, a questão importa pela própria posição geográfica da Síria, que se localiza perto de Afeganistão e Irã (rivais americanos), Paquistão (com quem os EUA mantém duvidosos laços) e de seu aliado Israel, bem como de sua base montada no Iraque. Enfim, é (mais uma) porta de entrada para os americanos no oriente. A União Européia tenta resgatar a força que a Europa tinha antes das duas Grandes Guerras e ao mesmo tempo desviar as atenções do CAOS econômico que vive.


Rússia e China lideram o bloco ORIENTAL-SOCIALISTA. Os russos mantém estreitos vínculos comerciais com a Síria. Principal produto de exportação: ARMAS. Uma dinheirama que não dá para não constar nos cofres. A China, por outro lado, busca respaldo político que se some a seu gigantesco crescimento econômico para assim consolidar-se como nova POTÊNCIA Mundial.

Quem está com a razão? NINGUÉM. Os dois lados pregam a Liberdade do povo. Uns no que concerne ao fim de uma ditadura. Outros, defendem sua capacidade de autogerenciamento. "Desculpa esfarrapada, puro blábláblá", nos diria Gabriel O Pensador. A Guerra Civil na  Síria continua. O número de mortes no país varia entre 147 e 260. E o POVO da Síria? Ah, deixa eles lá fazendo pão... Fogo e fome certamente não faltam.


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