terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Amor Meu Grande Amor (ou Grito de Vitória)


A visita à minha Pasárgada se aproxima e eis que eu, tal qual um dos cães de Pavlov, começo a dar mostras do já esperado comportamento diante de tal situação: durmo e como mal, me concentro menos, fico menos paciente (pode, Arnaldo?), mais estressado e mais ansioso. Razões não faltam.

Manuel Bandeira que me perdoe, mas lá, não sou amigo de Rei nenhum. Au contraire, lá sou o monarca dos reinos que criei com o passar do tempo. Um Rei Iluminista, claro. De absoluto mesmo, só o fraterno laço que me une a cada súdito/amigo. Meu amigo-pai, minha amiga-mãe, minha amiga-irmã, minha amiga-esposa, meu amigo-filho e ELES, sempre ELES... Os amigos-amigos. Era o que eu achava.

Mais recentemente, tenho percebido que não é bem assim. Como pode um Rei ter apenas a coroa, o cetro e o trono? Como conceber um Rei sem PODER? Sem poder abraçá-los, sem poder beijá-los, sem poder fazer-se presente quando dele necessitam, sem poder com eles confraternizar? Não... Não sou Rei coisíssima nenhuma.

Apelando aos ensinamentos da biologia, chego à conclusão de que com eles vivo em relação de necessária simbiose, infalível e infungível. Pelo menos no que diz respeito a mim. Separe-me deles e eu hei de sucumbir. E sei disso porque me faltará amor.

Amor este que resumo em palavras de Mário Faustino. É “amor feito de insulto e pranto e riso, amor que força as portas dos infernos, amor que galga o cume ao paraíso. Amor que dorme e treme. Que desperta e torna contra mim, e me devora”. E quando a vida não está fácil, é em ti amigo que me recosto, pois, nos dizeres do MAIS BELO HINO DE TODOS OS TEMPOS, “a vida no teu seio é mais amena, na doce calidez do teu amor”.

Não coincidentemente, publico este texto no dia 14 de fevereiro, DIA DA AMIZADE e DIA INTERNACIONAL DO AMOR. E o dedico, com amor, a todos os amigos.

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