sábado, 11 de fevereiro de 2012

Minha Carne é de Carnaval (ou Eternos Baianos)

Ontem (10/02), o Jornal da Globo nos agraciou com uma matéria falando a respeito dos 40 anos do excelente álbum Acabou Chorare, o segundo da ótima banda nacional Os Novos Baianos. Logo após a reportagem, pensei comigo mesmo que deveria escrever algo no blog a respeito disso, muito em parte devido à paixão que tenho por este álbum desde de que o "descobri" há cerca de 06 anos atrás.

O álbum é extraordinário. A estrutura guitarra-baixo-bateria presente no primeiro álbum (É Ferro na Boneca) ganha a companhia da craviola, do cavaqinho, do pandeiro e do triângulo formando uma salutar e bem-sucedida mistura entre o rock, o samba e o choro. As harmonias e as composições são muito bem conduzidas por músicos de inquestionável qualidade: Morais Moreira, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor, Jorginho Gomes e Baby Consuelo.


Mas eu queria escrever algo diferente. Não queria aqui abordar apenas os aspectos técnicos do álbum, até porque não tenho capacidade para isto. Foi quando uma idéia "invadiu-me a casa, me acordou na cama": a de fazer um texto usando trechos das músicas do álbum. Uma justa homenagem àqueles que entendem que "nós queremos sambar", mesmo quando não sabemos como.

O álbum me remete a um tempo onde as coisas pareciam mais simples, quando eu andava "jogando meu corpo no mundo, andando por todos os cantos", seguindo a boa música. Hoje, a tendência é de que a música boba, que em nada nos enriquece, tenha a mania de nos perseguir. Se hoje "a menina dança", o faz apenas com o corpo, não mais com a alma. Agora, "eu vou assim, e venho assim", achando que as coisas estão cada vez mais sem graça. "Ai! Ai! Saudade, não venha me matar"...

Aos que ainda não conhecem Os Novos Baianos, recomendo que conheçam. E se você relutar e achar que NÃO, não vale à pena conhecê-los, só posso dizer que "Besta é tu! Besta é tu!".

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