sexta-feira, 2 de março de 2012

Kama Sutra Penguin Deluxe Edition

A artista Malika Favre foi convidada pela editora Penguin para fazer uma capa para edição de luxo do Kama Sutra. Partindo da ideia de que a capa teria que ser bem sensual e sofisticada o suficiente para que o livro pudesse ser posto nas estantes de qualquer livraria sem que ficasse vulgar, Favre ficou entusiasmada com o desafio. Um Kama Sutra sob uma ótica moderna. Ela teve um mês para desenvolver o projeto.

Malika Favre utilizou como inspiração em seu trabalho figuras clássicas da origem do Kama Sutra: uma escultura do erótico templo de Khajuraho e representações tradicionais de  Kamadeva, o deus indiano do amor. Como a ideia era de um livro moderno, a artista começou a esboçar alguns desenhos na tentativa de atualizar os conceitos antigos.

Esculturas do Templo de Khajuraho
Kamadeva, deus do amor


Um dos primeiros sketches foi a elaboração de um alfabeto que tivesse a ver com a temática e a partir daí desenvolver os desenhos propriamente ditos.



Neste a influência das figuras de Kamadeva são bem notórias.




No entanto, o diretor de arte da Penguin, Paul Buckley, não ficou satisfeito com o resultado, "Isso não é sensual". Bastou essa frase para Malika perceber que a tarefa não iria ser fácil. A ideia da editora era romper as barreiras do design com uma capa ousada e inovadora e para a própria artista, ela estava fazendo justamente o contrário, pensando apenas na capa do livro e não na própria arte em si.

A segunda leva de ideias já apresentava um conteúdo mais sexy, mas ainda bem comedido. Favre então voltou a sua ideia principal, a de brincar com as posições do Kama Sutra. Apresentou dois sketches, um utilizando posições sexuais de uma forma espelhada e outro que você teria que olhar bem de perto para entender as posições.




Apesar de sentir que estava no caminho certo, estes dois projetos de Malika foram também rejeitados por estarem ainda bastante tímidos. Ela deu um tempo no trabalho para limpar a mente. Quando voltou, já foi com uma brilhante ideia, usar as posições do Kama Sutra nas letras do alfabeto de uma forma bem acrobática e divertida. Para ela foi um desafio tentar embutir as posições nas letras, mas o resultado foi bem inusitado e satisfatório.


Então Favre começou a trabalhar melhor no alfabeto, otimizar as posições e a cor das figuras. Decidiu então dispor o nome 'Kama Sutra' nas duas abas do livro, para quando abrir, o leitor pudesse ver o nome por completo. Deu certo! O resultado final ficou bem sofisticado e de bom gosto.









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