O Luiz dedica sua melodia à chegada do Carnaval, que lhe remete à perda de sua Maria, sua alegria. Compartilho o sentimento do cantor/poeta no tocante ao fim/considerável redução da felicidade, mas isso ocorre quando ACABA o Carnaval e junto com ele, a magia dos reencontros, o regozijo das amizades e a satisfação da companhia.
Nunca fui fã do Carnaval enquanto festa. Não obstante, botaram o bloco na rua e eu ginguei pra dar e vender. O samba popular passou na avenida e eu fui junto. O trio elétrico chamou e eu, vivo que estou, fui atrás. Mas isso tudo é só complemento, é ultra petita. É acessório apenas, se ainda não me fiz entender.
Os 05 dias junto de parentes e amigos... Ah, isso sim é ESSENCIAL, é prima ratio.
...MAS LOGO ACABA...
E vem a quarta-feira de cinzas para reduzir a pó tudo o que passou.
E guardo minhas fantasias dentro de um baú, com o resto que sobrou.
E se serve de alento,
saibam que estou atento
a outros dias que virão.
Outros Carnavais,
esteja eu de passagem ou não.
Enquanto isso, volto para a terra da ampulheta horizontal
vestindo minha máscara habitual
tentando a todo custo ficar são.
Afinal, é tudo passageiro; é só situação.
Agarro minha mala e sigo a estrada
das tampinhas amassadas,
da serpentina já rasgada
e dos confetes pelo chão.
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