Que maldoso o tal do tempo
Quando não me vem a contento
E me deixa ir embora
Tanto medo sinto agora
Pois quando passa cada hora
Diminuo como ser
Um bom motivo e sei porque
Luto para não ceder
E continuar a existir
Difícil é não sucumbir
Com a incerteza do porvir
E a falta de esperança
Mas o sorriso da criança
À ferro quente na lembrança
Marca a sina do vivente
Que vez por outra sente
Que mesmo quando ausente
É lembrado pelo povo
E volto a sorrir de novo
Eis que o tempo é só estorvo
E quem manda nele sou eu
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